quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sagrada Família: nosso exemplo de vida


Sagrada Família
nosso exemplo de vida

Um texto beeem antigo que escrevi... Me lembrei dele hoje pela manhã. rs


"As vezes nos acostumamos a ver coisas tão erradas por aí, que nossa visão vai ficando meio deturpada. Não por ingenuidade da nossa parte ou falta de fé, mas estamos tão acostumados a ver situações de banalização da vida em si mesma, que muitas vezes nos questionamos ou desacreditamos da importância que temos na Obra, cada qual conforme o Senhor permite.
Digo isso por mim mesma. As vezes vejo, estudo, leio e releio a história dos Santos. E fico pensando: 'Senhor, sou capaz disso? Há como ser santo hoje?'. Tantas vezes me deparei com situações em que tinha plena certeza de que a santidade estava atrelada somente ao celibato! Mas enxergo hoje, tantas famílias que vivem na plena certeza do amor mútuo entre si: pais, filhos, irmãos... (Sem contar os tantos exemplos de Santos e Mártires que a Igreja possui). Tenho as vezes uma certa dificuldade em entender as situações que o Senhor coloca na minha vida. Mas pouco a pouco fui entendendo, com conversas longas e demoradas com o Senhor, de que cada qual pode ser santo sim, se quiser, se buscar, se desejar de corpo e alma, independente de sua vocação.

E talvez devido à epoca natalina que estamos todos vivenciando (texto escrito em dezembro de 2010! :)), Deus por misericórdia, me deu muitas certezas. Me relembrou muitas promessas que Ele mesmo me fez. 

Estamos cercados de exemplos práticos de famílias fracassadas. Não precisamos ir muito longe não, basta olharmos para nossos parentes mais próximos, e com certeza, veremos esta banalização da instituição familiar. Minha família, por exemplo.
Vejamos a genealogia de Jesus, Mt 1. Devo confessar que quando li a primeira vez, achei uma chatice, sem sentido algum (rs). Talvez você sinta isso tbm... rs. Mas veja, vc verá que Jesus veio para renovar todas as coisas. Inclusive as gerações passadas, que foram exemplos claros e concretos de famílias banalizadas, fracassadas pelo ciúme, inveja, traição e tantos outros motivos, que estamos cansados de ver no dia-a-dia. As situações se repetem, repetem... Nunca foram diferentes, desde aquela época.

Tah bom, e então, onde é que está o papel da Carina nisso aí?

Ora, não nos espelhamos em Jesus? Não é a Ele que devemos segui-lo?

Sim, Jesus foi, é e sempre será a Boa-Nova. E Jesus veio de uma família, a Sagrada Família. Então, Jesus foi diferente. Maria foi diferente. José foi diferente. Os três, foram diferentes de seus antepassados, porque os três ouviram o Senhor. Maria disse 'Sim' a Deus ao aceitar ser Mãe do Salvador. José disse 'Sim' à vontade de Deus, aceitando Maria como sua esposa, mesmo naquela época onde haveriam grandes problemas sobre o fato de Maria estar grávida. Jesus disse 'Sim' ao Pai, ao tomar sua cruz para salvar a mim, pecadora. Essa história não é novidade para você, nem para mim.

Então, se minha vida está baseada em Jesus, por consequência, está baseada em sua família. E por escolha pessoal de entrega total à Maria, também minha vida deve refletir à vida Dela.

Se um dia tive a ousadia de achar que não seria santa ou útil à Obra, o Senhor tem me moldado a ver com os Seus olhos. Custo a entender as vezes que servir na Obra é servir primeiro em casa. Tenho necessidade as vezes (e não tenho porque esconder) de ver coisas concretas... Estamos acostumados a querer ver 'nossa mão' em obras grandiosas. Ê vaidade! Ê vontade de estar no topo de tudo! Ê orgulho humano!

Maria, modelo de Igreja, esteve escondida todo o tempo de forma que revelasse somente a Jesus. Vemos isso pelas poucas menções diretas à Maria e pelas poucas vezes que ela mesma fala nos Evangelhos. Porque? Porque ela aponta a Jesus e nada mais.

Hoje sei que EU tenho um papel essencial na Obra. Que pode ser diferente do papel da Jéssica, que pode ser diferente do papel do Caio, que pode ser diferente do papel do Douglas, que pode ser diferente do papel que tiveram os Santos... Cada qual tem um papel diferente na Obra, não mais ou menos importante aos olhos de Deus. 
Vejo então que o papel do cristão deve ser oposto ao que vejo diariamente. E aquela banalização que estou acostumada a ver a cada dia só me dá mais certeza de que tenho que ser diferente. Pela Obra. Educar baseada no Evangelho, transmitindo o Amor que o Senhor plantou em mim. Formando pessoas firmes na Rocha, que é o Senhor. E por consequência, sendo um testemunho. Não para vangloriar a si mesmo. Mas para refletir o rosto de Jesus. Entregando-se, aceitando a cruz para ter Salvação Eterna.

E por isso, até pedi perdão a Deus, por muitas vezes não ter dado o valor à minha família como ela merecia. Quanta falta de fé da minha parte em desacreditar dos meus sonhos em Deus, devido à falhas humanas... Ah, Senhor, perdoa minha incredulidade. Se fraquejei por acreditar em coisas vãs e cegas, em atitudes do ser humano, agradeço a Deus por me endireitar em suas veredas a cada dia. Ainda estou longe de ser santa. Senhor, misericórdia."

Abençoa Senhor as nossas famílias, Amém.

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