
Tendo,
sucintamente, refletido sobre a importância da Santa Missa, reflitamos, agora,
a respeito da vestimenta para a Santa Missa, onde, conforme indicado pelo
Catecismo da Igreja Católica (n. 1387): "A
atitude corporal - gestos, roupa - há de traduzir o respeito, a solenidade, a
alegria deste momento em que Cristo se torna nosso hóspede."
E ainda:
“A pureza exige o pudor. Este é uma parte
integrante da temperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na
recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido. Está ordenado à castidade,
exprimindo sua delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a
dignidade das pessoas e de sua união.
O pudor protege o mistério das pessoas e de seu
amor. [...] O pudor é modéstia. Inspira o modo de vestir. Mantém o silêncio ou
certa reserva quando se entrevê o risco de uma curiosidade malsã. Torna-se
discrição.
Existe um pudor dos sentimentos, como existe o do
corpo. O pudor, por exemplo, protesta contra a exploração do corpo humano em
função de uma curiosidade doentia (como em certo tipo de publicidade), ou
contra a solicitação de certos meios de comunicação irem longe demais à
revelação de confidências íntimas. O pudor inspira um modo de viver que permite
resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.
As formas revestidas pelo pudor variam de uma
cultura a outra. Em toda parte, porém, ele permanece como o pressentimento de
uma dignidade espiritual própria do homem. O pudor nasce pelo despertar da
consciência do sujeito. Ensinar o pudor a crianças e adolescentes é
despertá-los para o respeito à pessoa humana.” (Catecismo da Igreja Católica
n.2521-2524).
Pergunta-se:
é certo usar roupas que expõem o corpo de forma escandalosa, como decotes,
shorts curtos ou blusas que mostrem a barriga? Para a Santa Missa, tais
vestimentas não são adequadas. Portanto, convém que se evitem também tudo o que
contraria, como afirma o Catecismo, a alegria, a solenidade e o respeito - isto
é, banaliza o momento sagrado.

No caso
da mulher, a sociedade e a mídia oferecem tendências de modas que provoquem os
homens ao pecado. Porém, é de suma importância que se saiba dar o valor ao
corpo que lhe é devido. “O homem natural
não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras. Nem as
pode compreender, porque é pelo Espírito que se devem ponderar. [...] Quem
conheceu o pensamento do Senhor, para que O possa instruir? Nós, porém, temos o
pensamento de Cristo.” (ICor 2, 14-16).
Quando
mais o corpo for encoberto de forma elegante e bela - cabe ressaltar que não se
trata de impor o uso de burkas, por exemplo – mais revestida de modéstia a
mulher estará, sem ser ocasião de pecado, uma vez que, quanto mais se mostra o
corpo, mais se esconde a alma. Moda e modéstia devem andar de mãos dadas como
duas irmãs, porque ambas as palavras têm a mesma etimologia: elas derivam do
latim “modus”, significando a medida certa, e qualquer desvio em uma
direção ou outra é considerada não reta, não razoável. Mas a modéstia não é
algo apartado da moda.
Os
diversos sinais e símbolos litúrgicos (paramentos, velas, incenso, gestos do
corpo), partem da necessidade de se manifestar com sinais externos a fé
católica a respeito do que acontece no Santo Sacrifício da Missa, bem como
manifestar externamente a honra devida a Deus. A atitude interna é obviamente
fundamental, mas desprezar as atitudes externas é um erro.

A este
respeito, escreveu o saudoso Beato Papa João Paulo II: "De modo particular torna-se necessário
cultivar, tanto na celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma
consciência viva da Presença Real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la
com o tom da voz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo. [...]
Numa palavra, é necessário que todo o modo de tratar a Eucaristia por parte dos
ministros e dos fiéis seja caracterizado por um respeito extremo."
(Mane Nobiscum Domine, 18)
Concluímos
com as palavras de São Josemaria Escrivá em uma de suas homilias, recordando
seus tempos de infância: "Lembro-me
de como as pessoas se preparavam para comungar: havia esmero em arrumar bem a
alma e o corpo. As melhores roupas, o cabelo bem penteado, o corpo fisicamente
limpo, talvez até com um pouco de perfume. Eram delicadezas próprias de gente
enamorada, de almas finas e retas, que sabiam pagar Amor com amor."
Afirma ainda:
"Quando na terra se recebem pessoas
investidas em autoridade, preparam-se luzes, música e vestes de gala. Para
hospedarmos Cristo na nossa alma, de que maneira não devemos
preparar-nos?" (Homilias
sobre a Eucaristia, Ed. Quadrante)
Oi garota
ResponderExcluirDiferente, seu blog...Nunca pensei em algo assim
Vestuários para ir a igreja.
Interessante.
Mas na sociedade moderna,no corre corre do dia a dia, as pessoas usam um tipo de roupa para tudo. ou quase tudo.
É importante ressaltar que devemos ter coerência e preparação para ir a igreja. Não apenas passar por ela no meio de um expediente.
Aguardo sua visita no meu cantinho e um pequeno comentário para crescimento dos membros e visitantes.
crisma2012matao.blogspot.com.br
Deus abençoe amada! Obrigada pela contribuição. Carina
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